Mercado do Carbono: Uma oportunidade para as empresas mais competitivas
O Mercado do Carbono tem um potencial de crescimento verdadeiramente ímpar e será impulsionado pelo início do primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto (2008-2012). A meta que se coloca aos Estados-Membros da União Europeia nestes próximos quatro anos é particularmente exigente: reduzir em 8% os valores de emissão de GEE registados em 1990, sendo que para as empresas portuguesas o nível de exigência não é menor. Portugal não poderá ultrapassar em mais de 27% as emissões de GEE registadas em 1990. Este desafio, a que Portugal terá de atender já a partir de Janeiro de 2008, representa também uma oportunidade de negócio para muitas empresas num mercado em franca expansão.
O Comércio Europeu de Licenças de Emissão, criado pela União Europeia e apenas direccionado para empresas, já movimentou mais de 3,5 mil milhões de euros e 594 milhões de toneladas de CO2 desde que foi institucionalizado. E a sua competitividade não se esgota em 2012. Pelo contrário, a União Europeia comprometeu-se a reduzir em 20% as suas emissões de CO2 até 2030. A agilidade que o Mercado do Carbono revela é, por isso, surpreendente, animado com oferta e procura dinâmicas e aproveitando a internacionalização dos mercados financeiros.
O Mercado do Carbono em Portugal conta, igualmente, com condições promissoras. As emissões de GEE têm aumentado a um ritmo superior ao esperado e o potencial de compra de créditos de emissões de GEE é enorme, dada a procura manifestada pelas empresas ainda não ser significativa e, sobretudo, por as metas de redução serem incrementadas. Além disso, e como sustenta Paula Costa, directora da Divisão de Ambiente e Segurança da SGS Portugal, "existe ainda o desafio adicional de investimento em tecnologias mais limpas. Porém, a evolução vai depender dos incentivos que venham a ser criados, nomeadamente no preço estabelecido para o carbono".
Segundo estimativas, Portugal necessitará anualmente de 10 a 20 MtCO2 para cumprir o Protocolo de Quioto e o custo poderá atingir cerca de 2 biliões de euros anuais.
Entre 2008 e 2012, admite-se que a procura suplante em muito a oferta, o que se deve essencialmente aos critérios rígidos aplicados pela Comissão Europeia para a atribuição de emissões, podendo o Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissões (PNALE) para o período em causa sofrer um corte significativo face à proposta inicial.
PROPOSTA DE VALOR DA SGS
"A SGS é um actor privilegiado no Mercado do Carbono, pois oferece os serviços mais rigorosos, credíveis e competitivos em termos de validação e verificação das emissões de GEE. A SGS é reconhecida mundialmente devido à sua independência e objectividade 'científica' nesta e noutras matérias", sustenta Luís Barrinha, director de Certificação de Ambiente e Segurança da SGS ICS.
Na União Europeia, o Mercado do Carbono mais competitivo a nível mundial, a SGS encontra-se acreditada por cada Estado-Membro para exercer a verificação dos dados das emissões de CO2. A nível mundial, e desde 1999, a empresa está acreditada pelas Nações Unidas como Entidade Operacional Designada para a validação de projectos e verificação de emissões reduzidas. Por isso, tanto em Portugal como no resto do mundo, a SGS disponibiliza o seu conhecimento e experiência para apoiar os seus clientes na medição de emissões, na validação das suas metodologias e na verificação dos relatórios de emissões.
A SGS valida igualmente projectos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em todo o mundo, assegurando a fiabilidade técnica, o rigor científico e a credibilidade necessárias para as transacções no Mercado do Carbono.
Outra área de intervenção no domínio do Mercado do Carbono é a de apoio a Projectos de Implementação Conjunta, criando condições para a transacção de unidades de redução de emissões mediante projectos de investimento entre empresas ou países do Anexo I, designadamente países do Hemisfério Norte em desenvolvimento emergente e rápido, como, por exemplo, os países da Europa do Leste.
Importa ainda referir o constante crescimento do Mercado Voluntário do Carbono, onde se incluem a determinação da Pegada e Inventários de carbono. A SGS tem desenvolvido alguns trabalhos nesta área, porém, a existência de inúmeros referenciais desenvolvidos pelos diversos fundos de carbono, quer privados quer públicos, dificulta a consistência na avaliação. Por esse facto a SGS tem estado envolvida no desenvolvimento de referenciais que possam conduzir a uma verdadeira normalização e regulamentação desta área do Mercado do Carbono.
CREDIBILIDADE NAS TRANSACÇÕES
Os serviços da SGS são procurados por agentes económicos que pretendem garantias do maior rigor ao nível da validação de processos /metodologias e da verificação das emissões. "É esse rigor que constitui uma mais-valia para as empresas e para os investidores no Mercado do Carbono. A SGS não propõe projectos académicos.
Os dados relativos a emissões verificados pela SGS são reconhecidos como válidos junto das organizações decisoras. Por isso é que empresas, Fundos Privados de Investimento e Estados são clientes da SGS", sublinha Luís Barrinha, que acrescenta: "Credibilidade é a palavra-chave. Sem credibilidade, o mercado de C02 não funcionaria. Sem confiança na validação e na verificação, condição crucial para o investimento na compra e venda de emissões, não há credibilidade. A credibilidade dos dados certificados aumenta o valor de mercado dos créditos e o que a SGS assegura é, justamente, a credibilidade tão necessária a estes processos".
Em todo o mundo, a SGS é responsável por cerca de 46% das licenças emitidas, tendo já validado e verificado projectos que equivalem a quase metade das emissões mundiais de CO2.
A JUZANTE DO MERCADO DE CARBONO
A par dos serviços de validação e verificação, o Grupo SGS em Portugal, através da Divisão de Ambiente e Segurança, presta também um leque alargado de serviços técnicos que, como explica Paula Costa, podem assumir níveis de intervenção distintos consoante as necessidades das empresas. São serviços que ajudam as organizações a construírem ferramentas e/ou metodologias que lhes permitem caminhar com segurança neste novo mercado bolsista mundial.
Muitas das organizações que procuram os serviços da SGS Portugal pretendem perceber se estão abrangidas pelo PNALE e, em caso afirmativo, quais os passos que devem dar, nomeadamente para a diminuição da sua intensidade carbónica, seja na procura de combustíveis alternativos com factores de emissão mais baixos ou mudanças nos processos que geram energia nas suas diversas formas. Por enquanto a procura não é significativa, o que é indicador do enorme potencial de crescimento desta área de negócio, e o mercado que existe caracteriza-se pelos extremos. "Temos clientes muito maduros nesta área, empresas que detêm um perfeito entendimento sobre as suas obrigações e que já estão posicionadas no Mercado do Carbono, inclusive que o encaram como um mercado de oportunidades financeiras. E temos outros clientes que ainda estão a tentar perceber o Mercado do Carbono e quais as suas principais obrigações. De qualquer forma, creio que as empresas têm hoje uma capacidade de resposta e um entendimento mais abrangente do que aquele que tinham no primeiro PNALE que agora termina", conclui Paula Costa.
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